terça-feira, 28 de julho de 2009

A construção do conhecimento sobre a escrita.

O texto “A construção do conhecimento sobre a escrita” de Ana Teberosky e Teresa Colomer irá fazer um apanhado geral sobre como se dá o processo de aprendizagem da leitura e da escrita sob o ponto de vista da criança. Nesse texto poderemos descobrir a diferença da escrita tida como um código e da escrita que é vista como um sistema de representações.


No inicio do texto temos um exemplo “da construção do próprio nome” através de uma pesquisa feita com uma menina de cinco anos e sua professora. E com a realização dessa pesquisa pode-se notar alguns pontos fundamentais no processo de construção do conhecimento da leitura e da escrita que nos mostram que a criança é capaz de construir hipóteses e solucionar problemas, que essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com os diferentes tipos de material escrito que ela tem acesso, que essas hipóteses são respostas a problemas importantes para o contexto da criança e que o desenvolvimento dessas hipóteses acontece através de reconstruções que partem de conhecimentos prévios que a criança já possuía. É preciso estimular a criança a formular hipóteses e o trabalho do professor é fundamental para a construção do conhecimento. Ele é o mediador entre a criança e o conhecimento a ser construído.


Antes de aprender o funcionamento do sistema alfabético da escrita, a criança já consegue distinguir essa escrita do desenho e isso serve como principio para a elaboração de hipóteses sobre a combinação e a distribuição das letras e essas hipóteses vão “tratar-se de idéias que funcionam como princípios organizadores do material gráfico, princípios que orientam a possibilidade de interpretar um texto ou de fazer uma leitura. Daí a expressão serve para ler, utilizada pelas crianças” e a partir do momento que as crianças conseguem entender que é necessário a presença de condições gráficas para um ato de leitura, já é possível perguntar-lhe se o texto “diz alguma coisa”.


Por volta dos quatro anos, as crianças já são capazes de atribuir uma intencionalidade comunicativa ao texto escrito e essa atribuição será o inicio da concepção da função simbólica da escrita.
O texto também trabalha outra hipótese desenvolvida pelas crianças, que é distinguir “o que está escrito” do “que se pode ler”. Esse fato acontece com crianças não alfabetizadas que acreditam que “o que está escrito” é aquilo que de fato pode ser representado através da escrita e “o que se pode ler” é a interpretação que se tem a partir do que está escrito.


A leitura desse texto me possibilitou compreender ainda mais que as crianças são capazes sim de construir hipóteses de como ocorre o processo de leitura e escrita das palavras e que essas hipóteses serão fundamentais para que ocorra a alfabetização. Nós professores devemos estar sempre atentos as crianças e em tudo que elas produzem e criam nessa etapa, também devemos redobrar a atenção com os materiais utilizados durante o processo de alfabetização, já que estes muitas vezes não fazem parte do contexto que essas crianças estão inseridas.


Espero que essa postagem tenha ficado clara. Um beijo e até a próxima!!

Um comentário:

  1. Muito boa a reflexão sobre o texto 6. Você deixa claro quais foram os pontos mais importantes e evidencia sua compreensão acerca os mesmos. Poderia, apenas, estabelecer uma relação mais estreita com a prãtica.

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