terça-feira, 28 de julho de 2009

Síntese do curso e Avaliação do Portfólio

Ufa... Nem acredito que estou fazendo minha última postagem. Ao mesmo tempo em que me sinto aliviada, me sinto um pouco triste também, porque afinal de contas há seis meses me tornei uma blogueira e por isso penso seriamente em levar esse blog à frente. Não sei se farei postagens sempre, mas tenho certeza que sempre estarei por aqui relembrando tudo que produzi.
Esse blog foi criado como forma de avaliação da disciplina Tendências Atuais do Ensino da Língua Portuguesa I, ministrada pelo professor Ivan, para que tivéssemos um espaço para construirmos um portfólio eletrônico. Hoje, depois de ter vivenciado todo o curso, posso afirmar que foi muito valida essa experiência, pois pude aprender uma forma de avaliação diferenciada, participando ativamente dela. É lógico que encontrei diversas dificuldades ao longo do caminho, mas acredito que todos tenham passado por isso também. Um fato que me chamou bastante atenção na construção do blog foi que tínhamos que refletir sobre todos os textos trabalhados em sala e isso me ajudou MUITO na hora de me organizar, pois esse período eu me inscrevi em 11 disciplinas e tinha momentos que eu pensava que ia enlouquecer de taaaaanta coisa que eu tinha pra fazer.
A disciplina tinha como objetivo estudar como se dava o processo de alfabetização nas crianças de 0 a 6 anos, nos dando a possibilidade de conhecermos alguns de seus conflitos e hipóteses. Essa disciplina foi de fundamental e extrema importância para a minha formação, porque durante esse curso pude compreender que alfabetizar uma criança não é tão simples como eu imaginava, e sim um caminho longo e continuo que não depende somente da criança, e sim do professor, da sua família e do ambiente escolar e familiar dessa criança.
Eu gostei de todos os textos trabalhados, e confesso que enfrentei certa dificuldade para compreender alguns, porém como disse antes, todos foram fundamentais para que eu pudesse enxergar pontos cruciais da alfabetização, por isso, posso afirmar que a disciplina alcançou seus objetivos Quero aproveitar esse espaço para parabenizar o professor pela idéia e pela motivação. Sei o quanto ele ficou atarefado, já que a quantidade de alunos era enorme, mas mesmo assim ele se preocupava com a construção de conhecimento de cada um. Eu sei que algumas vezes reclamei com ele por ter meu blog “abandonado” por uns tempos, mas reconheço e lhe dou méritos pela iniciativa.
Bom, quero me despedir (mesmo que temporariamente) de todos, agradecer pelos comentários, agradecer a todos que me ajudaram e dizer que termino essa disciplina bastante satisfeita com o resultado obtido. Agora vou pensar no que vou fazer durante minhas férias... rs...eu também sou filha de Deus e com certeza mereço esse descanso tão esperado!!
Novamente um agradecimento especial ao professor Ivan, que dedicou tanto tempo para mim e para meus colegas de curso. Confesso que durante a graduação, eu nunca tive um professor tão dedicado como ele!

Um grande beijo a todos e vamos que vamos ....é o sexto período nos chamando!!!!

Entrevista sobre alfabetização realizada com a professora Nívea de Alvarenga.

Olá, essa entrevista foi feita por um grupo formado por: Angelina Moreira, Bruna Ruffoni, Camila Parreira, Emile de Araújo e Nayara Medeiros.

A professora entrevistada trabalha com alfabetização há 6 anos.



As perguntas feitas para a professora foram as seguintes:


1. A quanto tempo você trabalha com alfabetização?

2. Quais as maiores dificuldades que você encontra para realizar esse trabalho?

3. Qual a sua opinião sobre o uso da cartilha no processo de alfabetização?

4. Qual o “método” que você utiliza para alfabetizar?

5. Quais recursos são utilizados?

6. Sabemos que ao chegar na escola o aluno já trás seu conhecimento e sua visão de mundo. Você acredita que essas experiências podem servir como ponto de partida para a alfabetização?

7. Nosso país possui variadas formas de linguagem, que se dão tanto por diferenças regionais como por diferenças culturais. Você acredita que a escola é capaz de preparar seus alunos para saberem lidar com essas diferenças?



A construção do conhecimento sobre a escrita.

O texto “A construção do conhecimento sobre a escrita” de Ana Teberosky e Teresa Colomer irá fazer um apanhado geral sobre como se dá o processo de aprendizagem da leitura e da escrita sob o ponto de vista da criança. Nesse texto poderemos descobrir a diferença da escrita tida como um código e da escrita que é vista como um sistema de representações.


No inicio do texto temos um exemplo “da construção do próprio nome” através de uma pesquisa feita com uma menina de cinco anos e sua professora. E com a realização dessa pesquisa pode-se notar alguns pontos fundamentais no processo de construção do conhecimento da leitura e da escrita que nos mostram que a criança é capaz de construir hipóteses e solucionar problemas, que essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com os diferentes tipos de material escrito que ela tem acesso, que essas hipóteses são respostas a problemas importantes para o contexto da criança e que o desenvolvimento dessas hipóteses acontece através de reconstruções que partem de conhecimentos prévios que a criança já possuía. É preciso estimular a criança a formular hipóteses e o trabalho do professor é fundamental para a construção do conhecimento. Ele é o mediador entre a criança e o conhecimento a ser construído.


Antes de aprender o funcionamento do sistema alfabético da escrita, a criança já consegue distinguir essa escrita do desenho e isso serve como principio para a elaboração de hipóteses sobre a combinação e a distribuição das letras e essas hipóteses vão “tratar-se de idéias que funcionam como princípios organizadores do material gráfico, princípios que orientam a possibilidade de interpretar um texto ou de fazer uma leitura. Daí a expressão serve para ler, utilizada pelas crianças” e a partir do momento que as crianças conseguem entender que é necessário a presença de condições gráficas para um ato de leitura, já é possível perguntar-lhe se o texto “diz alguma coisa”.


Por volta dos quatro anos, as crianças já são capazes de atribuir uma intencionalidade comunicativa ao texto escrito e essa atribuição será o inicio da concepção da função simbólica da escrita.
O texto também trabalha outra hipótese desenvolvida pelas crianças, que é distinguir “o que está escrito” do “que se pode ler”. Esse fato acontece com crianças não alfabetizadas que acreditam que “o que está escrito” é aquilo que de fato pode ser representado através da escrita e “o que se pode ler” é a interpretação que se tem a partir do que está escrito.


A leitura desse texto me possibilitou compreender ainda mais que as crianças são capazes sim de construir hipóteses de como ocorre o processo de leitura e escrita das palavras e que essas hipóteses serão fundamentais para que ocorra a alfabetização. Nós professores devemos estar sempre atentos as crianças e em tudo que elas produzem e criam nessa etapa, também devemos redobrar a atenção com os materiais utilizados durante o processo de alfabetização, já que estes muitas vezes não fazem parte do contexto que essas crianças estão inseridas.


Espero que essa postagem tenha ficado clara. Um beijo e até a próxima!!

Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita e da linguagem.

O texto “Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem” de Emilia Ferreiro foi escrito baseado na Teoria de Piaget e a partir daí irá tratar do desenvolvimento da leitura e da escrita explicando como se dá o processo de construção de conhecimento por parte da criança.


Para Emilia Ferreiro, a criança já chega à escola com sua leitura de mundo e devido a isso, tudo aquilo que for produzido por ela deve ser devidamente interpretado e valorizado, pois as crianças são capazes de construir hipóteses sobre como se dá a leitura e a escrita antes mesmo de começarem o processo formal de construção e aquisição dessa leitura e escrita.


Quando a criança está sendo alfabetizada, ela passa por diversos dilemas e questionamentos que farão com que ela precise do auxilio de um adulto ou de uma criança mais experiente para conseguir resolver essas questões e por isso é de extrema importância que a criança no seu cotidiano esteja em contato com textos, palavras e materiais que façam parte da forma escrita, possibilitando que ela participe de várias experiências com textos do dia-a-dia, o que também poderá ser aproveitado pelo professor no processo de construção de uma aprendizagem significativa.


A alfabetização é um processo interno que acontece de forma diferenciada em cada indivíduo e essa diferenciação se dá de acordo com o estímulo que cada pessoa recebe e por isso precisamos levar em consideração à condição social da criança e buscar sempre utilizá-la no processo de construção da escrita.
A alfabetização ainda é um grande desafio para nós professores pois devemos compreender a lógica da criança, utilizá-la no processo de alfabetização e estimular a criança a avançar a todo o momento, sempre respeitando o seu tempo para que assim essa criança possa se sentir e de fato tornar-se um sujeito ativo na construção do seu conhecimento.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Aula do dia 18 de junho de 2009

Olá amigos,

bom como falei antes, eu não iria demorar para aparecer aqui novamente. Esta postagem é para falar sobre a aula do dia 18 de junho, que infelizmente não pude comparecer porque tinha um exame importante marcado pra esse dia.

Nesta aula foi estudado o texto "Práticas de Linguagem Oral e Alfabetização Inicial na Escola: Perspectiva Sociolínguistica" de Erik Jacobson e mesmo sem ter ido à aula, eu li o texto e achei a leitura bem útil, não que os outros não tenham sido, mas esse texto tratou de questões importantes como por exemplo, iniciar a alfabetização a partir da bagagem que o aluno traz pra escola. Seria tão interessante se fosse essa a prática nas escolas.

Eu tenho um primo de 4 anos e na escola dele a professora alfabetiza utilizando as famílias do B COM A faz BA...Nossa, eu fico impressionada. Meu primo DETESTA ir à escola e isso me preocupa muito. Ontem a irmã dele estava lendo uma revista de horóscopo e ele disse que queria ler o horóscopo dele,eu peguei a revista e o entreguei. Tinha que ver, ele foi criando uma história a partir dos desenhos que ele reconhecia, falou do leão, do touro, do peixe...E ficou tão feliz com aquilo. No final eu disse que ele tinha lido e ele ficou rindo, todo bobo!!

Acho que utilizar o conhecimento que os alunos trazem consigo, aproveitar o interesse em determinados assuntos, pode fazer com que a alfabetização ocorra de uma maneira bem mais fácil e prazeroza.


Beijos e até a próxima!

Socialização dos blogs

Olá amigos!

Fiquei um tempo sem fazer postagens, mas estou voltando para falar da aula do dia 04 de junho. Confesso que estou um pouco atrasada, mas é porque o final do período está chegando e as coisas estão acumululando cada vez mais.

Bom, mas voltando à aula de Tae LP, no dia 04 de junho, o professor reservou o auditório da faculdade para que os alunos pudessem socializar o processo de construção do portfólio eletrônico.Eu estava bastante receosa com essa ideia, era uma mistura de medo com vergonha, mas no decorrer da aula eu fui me acalmando.

Toda turma participou e isso foi muito interessante pois pude notar que não era só eu que estava com certas dúvidas. Outro ponto bem legal foi que no decorrer da aula fomos trocando ideias e informações para nos ajudarmos.

Essa socialização me deixou mais confiante. Me mostrou que ter permanecido nessa disciplina foi a decisão mais acertada, pois por mais que encontre dificuldades ao longo do processo, eu estou conseguindo caminhar, e é isso que importa!

Logo logo voltarei para postar sobre as próximas aulas.

Beijos e até mais!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Contextos de Alfabetização na Aula

A aula do dia 28 de Maio foi bem interessante e diferente. O professor Ivan nos estimulou a discutir o texto “Contextos de Alfabetização na Aula” de forma dinâmica e a turma toda interagiu no debate.

No primeiro momento da aula, falamos sobre a diferença entre construtivismo e sócio-construtivismo. Também vimos que a criança que chega à escola já chega com um conhecimento da linguagem escrita, pois por mais que nunca tenha freqüentado o ambiente escolar, essa criança já interagia com a sociedade, e por isso recebia a todo o momento informações e estímulos dessa linguagem.

A autora afirma que a criança já vem de uma alfabetização cotidiana e que essa alfabetização aflora quando a criança entra no ambiente escolar, e por isso, todas as crianças são capazes de aprender, pois todas possuem uma bagagem de informações que de alguma maneira poderá ser aproveitada.

Com a leitura e debate desse texto, percebi que a autora quer mostrar que a alfabetização é um processo continuo e que necessita da presença do professor como um mediador entre a escrita e o aluno.